Cultura de doação no Brasil: por que as organizações precisam olhar para os jovens

Redação
18 de maio de 2019
  • Terceiro Setor
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Em que posição você colocaria o Brasil em um ranking mundial de solidariedade? Será que estamos bem ou estamos mal? Este levantamento existe e é feito regularmente. Na sua última edição, de 2018, nosso país teve seu pior desempenho: caímos do 75º para o 122º lugar da classificação.

Estamos falando do Ranking Mundial da Solidariedade – ou World Giving Index – um documento anual organizado desde 2010 pela Charities Aid Foundation que mede o índice de generosidade de um país por três indicadores: ajuda a estranhos, doação a ONGs e voluntariado.

Uma das explicações para esse desempenho está no atraso da cultura de doação no Brasil. Vemos que esta ainda é afetada por questões políticas, econômicas e sociais. Uma das possíveis razões? Nossa mentalidade voltada ao planejamento de curto prazo. Talvez essa mentalidade seja um dos mecanismos por trás de uma realidade: os brasileiros doam, mas de modo esporádico, sem comprometimento com uma causa a longo prazo.

Podemos ver isto em dados. Neste mês, o Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) divulgou a nova edição do estudo Um Retrato da Doação no Brasil, que entrevistou 1.022 pessoas para analisar o comportamento dos brasileiros em relação à doação, voluntariado e engajamento cívico.

Um dos resultados desta pesquisa foi que 70% das pessoas fizeram pelo menos uma doação no período de um ano, entre 2017 e 2018. Mas este número caiu para 40% dos entrevistados quando a pergunta foi sobre doações realizadas nas últimas quatro semanas. E apenas 6% dessas pessoas relatou contribuir de forma anual ou mensal para uma causa.

Mas isso não significa que o cenário não pode mudar. O estudo do IDIS revelou que as novas gerações estão mais engajadas e mais abertas para contribuir com organizações, seja por voluntariado ou por doações. E é sobre este potencial a ser explorado dentro da cultura de doação no Brasil que iremos falar neste texto. Vamos lá?

Potencial dos jovens para ampliar a cultura de doação no Brasil

Maior participação em atividades de impacto social

O estilo de vida influencia na propensão de uma pessoa a contribuir com uma causa. É o que nos aponta o Relatório de Tendências Globais de Doações de 2018, organizado pela Nonprofit Tech for Good em parceria com diversas organizações e negócios sociais. Para esta pesquisa, 6.057 doadores de 119 diferentes países foram entrevistados. E o Brasil foi o terceiro país em volume de dados coletados! A ideia era entender como os doadores preferem fazer suas contribuições e como eles se engajam com as causas que apoiam.

Um dos insights do relatório foi mostrar que as pessoas que doam para causas também costumam incluir em suas rotinas atividades que impactam positivamente a sociedade. Exemplos?

  • 92% dos entrevistados reciclam;
  • 72% assinam petições online;
  • 56% participam de eventos de angariação de fundos;
  • 39% doam alimentos;
  • 33% adotaram um animal de estimação de abrigos;
  • 27% participam de manifestações.

Mas onde os jovens entram nisso? Segundo o Retrato da Doação no Brasil, os respondentes com idades entre 18 e 34 anos foram os que apresentaram maior tendência a participar de manifestações no período de um ano, com 24% de respostas positivas. Para comparar, entre as pessoas com mais de 55 anos, apenas 13% estiveram em manifestações. Além disso, os jovens entre 18 e 24 anos também foram os mais dispostos a aderir grupos ou movimentos sociais.

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