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Os jogos de apostas online, popularmente conhecidos como “bets”, têm se tornado uma preocupação crescente em termos de saúde pública e impacto econômico. A facilidade de acesso por meio de dispositivos eletrônicos e a intensa promoção dessas plataformas contribuem para o aumento do número de apostadores. Diante desse cenário, a educação financeira emerge como uma ferramenta crucial para prevenir e mitigar os problemas associados às apostas online.
Além das perdas financeiras, a dependência de jogos de azar está associada a problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, e pode levar a conflitos familiares e isolamento social. Informações da Organização Mundial da Saúde apontam que aproximadamente 1,4% da população adulta mundial sofre de transtorno do jogo, conforme reconhecido pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Isso representa cerca de 80 milhões de pessoas afetadas pela dependência de jogos de azar.
No Brasil, o cenário é igualmente alarmante. Entre junho de 2023 e junho de 2024, os brasileiros gastaram cerca de 68 bilhões de reais em apostas online, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Estima-se que só em 2024 cerca de 25 milhões de brasileiros apostaram em bets, de acordo com dados de um levantamento feito pelo Instituto Locomotiva.
Esses tipos de jogos passaram a ter um marco regulatório a partir de 2023 com a aprovação da Lei 14.790/2023 e com a criação da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), em janeiro de 2024, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. Apesar disso, o cenário permanece demandando bastante atenção, como observa Malu Santarem Schuh, analista de Educação Financeira, da Fundação Sicredi.
“As apostas legalizadas ainda seguem em fase de regulamentação no Brasil e, sem os devidos cuidados, podem gerar impactos negativos à saúde financeira. Especialmente quando utilizadas de forma excessiva, ou fazendo uso da renda-base familiar, têm o potencial de comprometer o orçamento desviando recursos destinados às necessidades básicas como alimentação, moradia e educação”, destaca a analista. Ela aponta ainda a importância do poder de decisão às ações responsáveis e conscientes.
“Entendemos que é fundamental educar e esclarecer a diferença entre apostas e investimentos, sempre respeitando a liberdade de escolha das pessoas. Para isso, é preciso orientar os nossos associados e a sociedade sobre escolhas conscientes e seguras para alcançar e manter a saúde financeira.”
Nesse contexto, a educação financeira desponta como uma ferramenta para contrapor o problema. Ao promover o conhecimento sobre gestão de recursos, riscos financeiros e tomada de decisões conscientes, Malu Santarem Schuh afirma que a educação financeira capacita os indivíduos a reconhecerem os perigos das apostas e a adotarem comportamentos mais saudáveis em relação ao dinheiro.
“A educação financeira é essencial para a construção de uma sociedade economicamente mais equilibrada, pois nos capacita a tomar decisões financeiras mais informadas e responsáveis, promovendo uma mudança de comportamento”, destaca Malu Santarem, que também menciona a importância em fortalecer iniciativas que atuam com esse objetivo.
“O investimento social privado (ISP) pode desempenhar esse papel fundamental. Empresas e fundações podem direcionar recursos financeiros, conhecimentos e expertise para apoiar projetos e programas que visam educar e capacitar as pessoas em relação ao bem-estar financeiro das pessoas”, propõe.
Um projeto nessa linha, ela exemplifica, é realizado no Sicredi através da Jornada da Educação Financeira nas Escolas. O programa busca promover a sustentabilidade financeira das gerações presentes e futuras por meio da educação, em parceria com a Comunidade Escolar.
Outra iniciativa, mencionada pela analista, é direcionada ao setor da tecnologia, onde o ISP pode ser aplicado no desenvolvimento de plataformas digitais que ampliem o acesso à informação e a recursos educacionais.
“Acreditamos que as parcerias podem trazer benefícios mútuos, fortalecendo a sustentabilidade das entidades e ampliando o impacto das ações de educação financeira”, conclui.
Fonte: GIFE
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