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As compras corporativas no mundo representam, potencialmente, uma oportunidade trilionária para converter as cadeias de fornecimento global em um vetor de impacto socioambiental positivo. Considerada uma tendência mundial – sobretudo diante das pressões regulatórias que obrigam as companhias de capital aberto a reportarem suas práticas sustentáveis na cadeia de fornecedores, incluindo o Brasil. Somente a SAP Business Network, uma das maiores plataformas de compras corporativas do mundo, facilita transações anuais em torno de US$ 3,75 trilhões em produtos e serviços. Bastaria o comprometimento de 5% destes orçamentos de compras para uma transformação da ordem de mais de US$ 187 bilhões. O mercado de compras de impacto está avaliado atualmente em US$ 2,5 bilhões, mas as oportunidades são imensas. Adquirir produtos e serviços de negócios de impacto é uma prática que pode transformar o setor: segundo o Fórum Econômico Mundial, mais da metade do impacto ESG das empresas vem exatamente da sua cadeia fornecedores.
Com o objetivo de destravar as chamadas compras corporativas de impacto, Aspen Network of Development Entrepreneurs (ANDE), Yunus Negócios Sociais e SAP conduziram a pesquisa inédita Ecoa Cenários: Compreendendo as compras corporativas de impacto no Brasil, que analisou o contexto atual da temática e identificou os principais desafios e as oportunidades de negociação entre corporações e negócios de impacto. A pesquisa foi lançada no Fórum de Economia de Impacto, após uma prévia ter sido apresentada no Fórum Econômico Mundial 2025.
Em tempos de busca pelo alcance de metas em redução de emissões de carbono, contenção na geração de resíduos e ampliação dos impactos sociais positivos, as compras corporativas se configuram como uma importante alavanca de transformação. Segundo o levantamento Ecoa Cenários, oito a cada 10 empresas – entre as que participaram da sondagem – informaram que a pauta das compras corporativas tem conquistado relevância dentro das estratégias corporativas. E o Fórum Econômico Mundial acrescenta que aproximadamente dois terços de todo o potencial de impacto positivo gerado por uma corporação residem exatamente na sua cadeia de valor.
O valor disponível à mesa não é dos menores. Somente a SAP Business Network, ferramenta da SAP para a gestão da cadeia de suprimentos, dá suporte a aproximadamente US$ 3,75 trilhões em transações comerciais de produtos e serviços, conectando mais de 5,3 milhões de empresas globalmente. “Na SAP, acreditamos que as compras corporativas podem ser um motor de transformação sustentável e inclusão econômica. Ao conectar empresas a fornecedores de impacto, não apenas tornamos as cadeias de suprimentos mais resilientes, mas também impulsionamos a inovação e o crescimento sustentável. Iniciativas como a Ecoa reforçam nosso compromisso em apoiar um ecossistema de negócios mais inclusivo, gerando valor para as empresas, comunidades e a economia como um todo”, afirma Kate Booth, diretora de Responsabilidade Social Corporativa da SAP para América Latina e Caribe.
Pioneira no Brasil, a Ecoa – Coalizão para Compras de Impacto busca mobilizar recursos para negócios de impacto inclusivos e sustentáveis. A produção do estudo integra a articulação do grupo para disseminar a relevância de aproveitar o poder das compras corporativas para acelerar soluções transformadoras e, com isso, ajudar a reduzir o déficit de financiamento de US$ 1 trilhão para a humanidade atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Desafios e oportunidades
Com o objetivo de acelerar o desenvolvimento das compras corporativas inclusivas de impacto social e sustentáveis – chamadas na pesquisa de compras de impacto –, o mapeamento buscou compreender obstáculos e oportunidades na relação entre os atores envolvidos neste ecossistema. Com esse objetivo, a pesquisa Ecoa Cenários identificou três grandes obstáculos para que as relações comerciais se estabeleçam: dificuldade de conexão entre negócios de impacto e corporações (falta mapeamentos e ferramentas de conexão de negócios inclusivos, de impacto social e sustentáveis); burocracia e barreiras institucionais (políticas de compras excessivamente rígidas, difíceis de navegar e prazos de pagamento extensos); e falta de capacitação e sensibilização (pouco letramento das equipes de compras e dos fornecedores de impacto para estabelecerem, juntos, uma relação comercial).
Em uma perspectiva propositiva, o mapeamento traz recomendações para vencer os obstáculos: criação de bancos de fornecedores de impacto; elaboração de guias de boas práticas com critérios e objetivos claros para a seleção e contratação de negócios inclusivos, de impacto social e sustentáveis; estabelecimento de uma agenda recorrente de relacionamento entre potenciais compradores e lideranças de compras e o ecossistema de impacto; cocriação de manuais e modelos de políticas de compras flexíveis – com adaptação de prazos de pagamento e simplificação da homologação –; desenvolvimento de programas para a adoção de critérios de impacto nas compras; elaboração e disseminação de ambientes de aprendizagem e benchmark para profissionais de compras, sustentabilidade e outros potenciais setores envolvidos; criação de programas de desenvolvimento de fornecedores (capacitação dos negócios de impacto para atendimento de grandes corporações); e construção de programas e parcerias para discussão e qualificação.
Mais do que uma tendência, a compra de impacto é uma abordagem transformadora que tem o potencial de redefinir como corporações e grandes organizações, a exemplo da Organização das Nações Unidas (ONU), interagem com empresas sociais. “Ao focar em parcerias que priorizam o valor do impacto social e de sustentabilidade ambiental, as compras de impacto podem fechar lacunas críticas em financiamento e recursos para pequenas e crescentes empresas. Nesse cenário, há uma grande demanda em conectar as necessidades das grandes empresas com as soluções que os pequenos negócios em crescimento oferecem, ou seja, o ecossistema de organizações dinamizadoras pode ser um grande aliado para ambos os lados com potencial de ajudá-los a vencer os desafios dessa parceria. Hoje, as pequenas empresas geram mais de 50% dos empregos e contribuem significativamente com o Produto Interno Bruto da América Latina. A mobilização e capacitação desses atores por meio das cadeias de suprimento corporativas desbloqueia um imenso potencial, como mostra a pesquisa”, afirma Flora Bracco, head Brasil e líder global de Parcerias da Aspen Network of Development Entrepreneurs (ANDE).
A íntegra da pesquisa está disponível para download gratuito no site ecoaimpacto.com.br.
(Assessoria de Imprensa)
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