Movimento Mulheres 3S promove encontro no MPMG

Nota Social
24 de março de 2025
  • Cursos e Eventos
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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) sediou o 2º Café Mulheres 3S, que reuniu lideranças femininas, empreendedoras e organizações do Terceiro Setor para construir uma Agenda Colaborativa alinhada ao 5º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS 5) da ONU. Com o tema “Para todas as mulheres e meninas: Direitos. Igualdade. Empoderamento”, lançado pela ONU Mulheres para 2025, o evento celebrou os 30 anos da Plataforma de Ação de Pequim e reforçou a urgência de combater retrocessos e ampliar a representatividade feminina em espaços de decisão.

“Estamos comprometidas com o desenvolvimento e empoderamento do Terceiro Setor, considerando como caminho a igualdade de gênero, que não é apenas um direito fundamental, mas base para o desenvolvimento sustentável, e não toleraremos retrocessos.”

Trecho do Manifesto ‘A Força das Mulheres no Terceiro Setor, lançado em 2021 durante o 17º Encontro Nacional do Terceiro Setor (ENATS) e revisitado no evento.

Trajetória e ação: do manifesto às alianças intersetoriais

O Movimento Mulheres 3S nasceu em 2021, inspirado no tema da ONU para o 8 de março: “Mulheres na liderança: alcançando um futuro igual em um mundo de COVID-19”.

Idealizado por Julia Caldas de Almeida, superintendente-executiva da FUNDAMIG, e por Nanda Soares, diretora da CONECTIDEA, o movimento surgiu como um insight e resposta ao cenário em que mulheres somavam 70% dos profissionais na linha de frente do setor social e de saúde, segundo dados da ONU, e seguem como maioria nas atividades do cuidado. Desde então, tornou-se uma força trissetorial, unindo sociedade civil, empresas e governo.

À frente do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Fundações e às Alianças Intersetoriais (CAO-TS/MPMG), parceiro estratégico do movimento, o promotor de Justiça Francisco Angelo Silva Assis participou da mesa de abertura do evento e destacou a importância da disputa política em torno da igualdade de gênero.

“Me lembra a filósofa Marilena Chauí, que fala de democracia a partir da constituição de direitos. A visão de democracia, incluindo os direitos humanos, envolve os mais diversos conflitos, alguns evidentes e outros que não são percebidos ou não trabalhados (…) No caso dos direitos das mulheres, os avanços precisam ser construídos com movimentos sociais, a sociedade civil, as instituições do Estado, pensando em implementações dos direitos”, discursou.

Após uma breve apresentação da trajetória do Movimento, apresentada pela assessora do CAO-TS/MPMG,  Delânzia Junho, Nanda Soares reforçou a sinergia entre a Agenda 2030 e a luta pela equidade:

“A igualdade de gênero (ODS 5) não é um tema isolado, é o alicerce para um desenvolvimento sustentável real. Como lembrou Hillary Clinton em Pequim: ‘Os direitos humanos são direitos das mulheres, e os direitos das mulheres são direitos humanos’. Parece óbvio, mas ainda enfrentamos violência, sub-representação em cargos de liderança e discriminação estrutural. Precisamos ir além do discurso e transformar junto com as organizações, garantir oportunidades e abrir espaços para que mulheres, incluindo as mais jovens, liderem esta revolução. E isso é realmente por todas nós, porque nós nos queremos vivas e construtoras da justiça social.”

Desafios e avanços: dados que exigem ação

Embora as mulheres representem a maioria da força de trabalho no Terceiro Setor, ainda são minoria em cargos de liderança. As disparidades são ainda mais profundas para mulheres negras, majoritárias em posições de baixa remuneração.

“Nós estamos falando de diversidade, da importância de você ter olhares diversos na hora da tomada de decisão. Quando você tem uma mulher numa posição de liderança, seja discutindo junto com homens, seja tomando a decisão, ela tem um olhar mais ampliado. Eu sempre falo que o nosso olhar é 360 graus”, avaliou. “(…) O olhar feminino é mais voltado para a sociedade, é um olhar voltado para os beneficiários das organizações sociais. A gente consegue contemplar de uma forma mais sistêmica as nossas decisões.”, afirmou Nádia Rampi, vice-presidente da FUNDAMIG (Federação Mineira de Fundações e Associações de Direito Privado) e diretora de parcerias da Fundação Dom Cabral (FDC).

Participantes do evento colaboraram com depoimentos, desafios e ações já realizadas pelas Organizações, em uma dinâmica que captou a potência de cada uma e o potencial dessa mobilização.

O Café Mulheres 3S foi encerrado com um convite para que as mulheres façam a adesão ao manifesto e às iniciativas do movimento por meio do site, lançado oficialmente neste encontro.

Saiba mais sobre os projetos em andamento e propostos, leia e dissemine o manifesto: ww.mulheres3s.org/.

Para mais informações, acesse comunicacao@fundamig.org.br.

(Assessoria de Imprensa)

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