
Primeira edição do Black STEM selecionou cinco estudantes
Um levantamento recente, realizado pela ONG CRIOLA em parceria com a Rede Empoderando Mulheres Negras, revelou dados alarmantes sobre a violência racial e de gênero no Brasil. Entre 2018 e 2022, 67% das mulheres assassinadas no país eram negras. O estudo foi apresentado nesta semana, em Brasília, a representantes dos Ministérios das Mulheres, dos Direitos Humanos e da Cidadania, da Igualdade Racial e da Justiça e Segurança Pública, em uma agenda que também incluiu reuniões com a ONU Mulheres no Brasil.
O diagnóstico, que abrange as cinco regiões do país, tem como objetivo estruturar ações integradas entre a sociedade civil e o poder público, visando a construção de políticas públicas inclusivas e eficazes. Foram mapeadas 200 lideranças e organizações de mulheres negras, apontando percepções locais e regionais sobre a implementação de serviços da rede de enfrentamento às violências que afetam meninas e mulheres negras, cis e trans.
Os números são contundentes: no período avaliado, o feminicídio de mulheres negras cresceu 118%, enquanto entre as mulheres brancas o aumento foi de 51%. Para Patrícia Oliveira de Carvalho, assistente de coordenação na ONG CRIOLA, o estudo aponta um “vazio de políticas públicas”. Ela destaca que as políticas para mulheres e os serviços de enfrentamento às violências de gênero ainda não consideram o racismo como um fator estruturante, o que contribui para a sobrerrepresentação de mulheres negras nos índices de violência.
A comitiva que apresentou o estudo incluiu representantes de cada região do Brasil: Ádria Ferreira, da Casa da Mulher de Ribeirão Preto (Sudeste); Ana Cláudia Justino, da Rede Mulheres Negras do Paraná (Sul); Eva Bahia, da DÌDÉ (Nordeste); Marília Ferreira, do Humaniza Coletivo Feminista (Norte); e Noêmia Lima, da Ação Mulheres pela Equidade (Centro-Oeste). A pluralidade da delegação trouxe para a mesa as diferentes realidades e desafios enfrentados pelas mulheres negras em todo o território nacional.
A expectativa agora é que as recomendações apresentadas no diagnóstico sejam incorporadas às estratégias e ações dos Ministérios envolvidos. O Ministério das Mulheres reconheceu a urgência de fomentar políticas que considerem simultaneamente o racismo, o patriarcado e a cisheteronormatividade.
Na reunião com representantes da ONU Mulheres, CRIOLA também abordou a necessidade de remodelar a Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres (CSW) e de acompanhar a implementação global da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, que estabelece diretrizes para a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.
Sobre a ONG CRIOLA
A CRIOLA é uma organização da sociedade civil fundada em 1992 e conduzida por mulheres negras, segue atuando na defesa e promoção dos direitos das mulheres negras. Sua missão é combater o racismo patriarcal cisheteronormativo e instrumentalizar meninas e mulheres negras, cis e trans, para a garantia de seus direitos, da democracia, da justiça e do Bem Viver.
Acesse mais informações no site de CRIOLA.
(Redação Nota Social com informações da Assessoria de Imprensa)
Primeira edição do Black STEM selecionou cinco estudantes
As inscrições para a Chamada Programa Incentivar estão abertas até o dia 16 de maio
Em um mundo onde os desafios não conhecem fronteiras, o voluntariado nos lembra da força do coletivo
Entenda como a escolha e o registro do nome fortalecem a identidade e garantem a legalidade da sua organização
Fale: 11 3251-4482
WhatsApp
redacao@notasocial.com.br
Rua Manoel da Nóbrega, 354 – cj.32
Bela Vista | São Paulo – SP | CEP 04001-001