Espro capacita jovens superdotados em SP

Nota Social
23 de janeiro de 2025
  • Geral
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Pela primeira vez no estado de São Paulo, o Espro (Ensino Social Profissionalizante), associação sem fins lucrativos que há 45 anos capacita e insere adolescentes e jovens no mundo do trabalho, promoveu um curso gratuito de capacitação profissional destinado a jovens com altas habilidades e superdotação (AH/SD). 

A turma foi composta por 10 jovens com idades entre 17 a 22 anos, e o projeto aconteceu entre 23 de setembro e 25 de outubro de 2024, na unidade do Espro em Osasco (SP). O curso contou com o apoio do Instituto Rogerio Steinberg (IRS), entidade filantrópica que é referência em desenvolvimento, inclusão e educação suplementar de crianças e jovens socialmente vulneráveis e com altas habilidades e superdotação. 

Especialistas da entidade contribuíram com metodologias e conhecimentos para a identificação dos candidatos com perfil AH/SD e no acompanhamento dos treinamentos do Espro, baseados no projeto de Formação para o Mundo do Trabalho (FMT). A iniciativa engloba 100 horas de conteúdos sobre assuntos técnicos (hard skills) e competências e habilidades comportamentais (soft skills) essenciais ao mundo do trabalho, como gestão de tempo, trabalho em equipe, resiliência e resolução de conflitos.

“Durante o curso, os jovens tiveram a oportunidade de explorar e colocar em prática suas potencialidades. Por meio de diversas atividades alternativas, focadas em expressão artística e social, foi possível identificar características individuais de cada participante, permitindo que eles se reconhecessem e desenvolvessem habilidades como comunicação, liderança, autonomia, expressão pessoal e espacial, musicalidade, entre outras competências essenciais”, compartilha Maria Cristina de Oliveira, instrutora do Espro responsável pelas atividades desenvolvidas com a turma.

Capacidade intelectual não elimina desafios

De acordo com projeções da Mensa, associação internacional dedicada às pessoas com altas habilidades e superdotação, cerca de 2% da população mundial se enquadra no perfil. Segundo a proporção, no Brasil esse grupo corresponderia a mais de 4 milhões de pessoas. Já o Censo Escolar realizado pelo IBGE em 2022 apontou que existem mais de 37 mil estudantes identificados com perfil de altas habilidades ou superdotação matriculados nas escolas do país. No estado de São Paulo, são pouco mais de 3,3 mil.

A condição é identificada por meio de testes de QI, que apresentam resultados iguais ou superiores a 130 pontos. Apesar da alta inteligência, pessoas com altas habilidades ou superdotação ainda enfrentam desafios significativos na inserção e adaptação ao mundo do trabalho. “Tarefas rotineiras, diferenças de perspectivas, ritmo de trabalho abaixo de sua julgada capacidade, sensibilidade emocional, dificuldade de aceitar erros ou imperfeições, cultura empresarial muito rígida ou ultrapassada. Assim como, preconceito de colaboradores contra pessoas superdotadas”, exemplifica Izaquiel Gielman, vice-presidente do Instituto Rogerio Steinberg.

“É fundamental investir na divulgação de conhecimento sobre o tema, pois, muitas vezes, as famílias, por falta de informação ou compreensão sobre essa condição, não consideram a possibilidade de que seus filhos possam ter altas habilidades. Isso prejudica o processo educacional dos jovens e contribui para a subnotificação e a falta de visibilidade dessa população no país”, avalia Maria Cristina de Oliveira.

Aprendizados e transformações

Para os jovens participantes do curso, a experiência foi marcante por ampliar perspectivas pessoais e profissionais. “Foi uma grande oportunidade na minha vida, consegui adquirir muitos conhecimentos e me sinto mais preparado para o mercado de trabalho. Espero sempre usar tudo o que aprendi na minha carreira profissional”, compartilha Pedro Henrique Oliveira, de 15 anos. 

Já Suzana Moraes, 16, destaca o impacto do aprendizado e do apoio recebido. “O curso foi incrível e muito transformador. Aprendi muito sobre o mercado de trabalho, tirei dúvidas importantes e senti que muitas portas se abriram para mim”. Para Lara Lívia Vieira, 15, a convivência e as atividades realizadas foram as passagens mais marcantes: “Adorei fazer o curso, ter o apoio das psicólogas e conviver com os outros jovens”.

O Espro iniciou a capacitação para jovens AH/SD em um curso do projeto de Formação para o Mundo do Trabalho realizado em 2023 no Rio de Janeiro, onde fica a sede do Instituto Rogerio Steinberg. Em seu primeiro ano, a iniciativa atendeu 31 jovens indicados pela entidade parceira. Já em 2024, uma nova edição do curso foi realizada entre os meses de março e abril, também no Rio de Janeiro, formando 21 jovens. As instituições já realizam conversas para possíveis novas turmas em 2025.

(Assessoria de Imprensa)

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