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Em um evento virtual realizado na quarta-feira (4), a Rede Comuá apresentou a publicação Movimentos Sociais e Filantropia no Brasil. O estudo, resultado de uma ampla revisão de literatura, entrevistas e grupos focais, analisa os desafios e impactos do financiamento filantrópico em iniciativas sociais no país.
O lançamento contou com a participação de Graciela Hopstein, responsável pela coordenação do estudo e moderadora do painel, além de Jonathas Azevedo, diretor executivo da Rede Comuá, e Gelson Henrique, da Iniciativa Pipa, que detalharam os principais achados da pesquisa. Também contribuíram para o debate Mariana de Paula, do Instituto Decodifica; Halima Mahomed, da Thiqa Consulting e PSJP; e Ana Valéria de Araújo, do Fundo Brasil de Direitos Humanos, trazendo reflexões sobre os desafios enfrentados pelas organizações.
O papel histórico dos movimentos sociais
A publicação destaca como os movimentos sociais têm sido pilares na defesa de direitos humanos e na construção de uma democracia inclusiva no Brasil. No entanto, esses grupos enfrentam desafios crescentes, como a violência contra minorias e defensores de direitos humanos, agravados pelo avanço de pautas extremistas.
O estudo analisa as estratégias de autofinanciamento utilizadas por esses movimentos, os obstáculos enfrentados e a importância do apoio filantrópico para a continuidade de suas ações.
Necessidade de um novo modelo filantrópico
Uma das conclusões centrais da pesquisa é a necessidade de uma maior aproximação entre a filantropia brasileira e as demandas reais dos movimentos sociais. Apesar de avanços pontuais, o financiamento ainda é dominado por lógicas neoliberais e de mercado, distantes das práticas de base comunitária.
“De um lado, temos a filantropia corporativa e familiar, guiada por uma lógica mercadológica; de outro, os movimentos sociais e a filantropia comunitária, que pautam suas ações pela luta por direitos”, afirmou Jonathas Azevedo.
Desafios no acesso a recursos
O estudo aponta que a burocracia e a concentração de recursos em grandes organizações são barreiras para iniciativas menores, geralmente situadas em comunidades locais e diretamente impactadas pelos problemas que buscam resolver.
Movimentos como os de mulheres, indígenas, negros e LGBTQIAPN+ enfrentam dificuldades históricas que incluem violência, racismo e discriminação, mesmo sendo fundamentais para conquistas de direitos sociais. “São os movimentos sociais que efetivamente têm a capacidade de transformar realidades e de lutar pelo acesso a direitos e evitar a regressão das agendas progressistas”, destacou Graciela Hopstein.
Caminhos para uma filantropia mais inclusiva
Embora a filantropia brasileira tenha avançado, a pesquisa reforça a necessidade de uma mudança de paradigma. O apoio a movimentos de base, o investimento em temas como justiça climática e social, e a valorização da autonomia das organizações são apontados como caminhos para uma atuação mais efetiva.
O material completo está disponível para leitura no site da Rede Comuá: Movimentos Sociais e Filantropia no Brasil.
(Rafaela Eid, do Nota Social)
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