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*Por Pollyana de Freitas Andrade Miguel
Somos seres sociais. Nos desenvolvemos na relação com o outro. Ao longo de toda a nossa trajetória, sempre nos colocamos no lugar de observadores do mundo e de nós mesmos. Essa jornada também é uma busca pelo pertencimento. Se sentir parte de algo talvez seja um dos grandes desafios do nosso processo de amadurecimento. E, quando somos bem-sucedidos, podemos nos deparar com um dos caminhos mais lúcidos para a evolução humana.
A sensação de pertencimento vem de relacionamentos saudáveis e conexões duradouras. Os vínculos e a redes das quais fazemos parte são tão importantes que podem determinar como saímos de situações de crises. Superar ou não um momento difícil pode depender do apoio e acolhimento que recebemos de outras pessoas. Momentos como o vivenciado por Isabela Fialho que, aos 19 anos, perdeu os movimentos do corpo por causa de um erro médico, mostram o poder de uma rede de apoio sólida. Isabela, que ficou quase 5 anos em uma cadeira de rodas e esteve entre a vida e a morte por diversas vezes ao longo desse período, afirma emocionada e com bom humor: “Eu só estou viva e andando aqui de salto alto por causa da minha rede de apoio”.
Essa história mostra o poder transformador do pertencer a um grupo de pessoas que oferta segurança, conforto e alívio emocional. Esse apoio estruturado é tão poderoso que tem sido analisado há anos por estudiosos de diversas áreas. Um desses estudos é o realizado pelas pesquisadoras em educação Maria Cristina Carvalho e Maria Angela Yunes sobre a rede de apoio social e seu papel na proteção e promoção de resiliência. A pesquisa traz elementos que colaboram com a afirmação de que a existência de vínculos e relações permite que o indivíduo se desenvolva emocional e socialmente, fortalecendo-o em momentos de crises.
Há diferentes versões para explicar esse poder das nossas relações. São efeitos de diferentes vertentes. Redes de apoio vão desde oferta de segurança financeira e de oportunidades a falas de conforto e de incentivo que podem ser tão cruciais a ponto de evitar desabamentos psicológicos que levam a estados graves de depressão. São, especialmente em momentos difíceis, que nossas amizades, inclusive de familiares, podem ser notáveis e essenciais.
Para além desses momentos críticos, nossas amizades exercem importante papel em nossa evolução. Afinal, se nos desenvolvemos na relação com o outro, nossas amizades pavimentam esse caminho. Portanto, não basta que observemos o mundo e o outro, é preciso aperfeiçoar nossas virtudes. E como Séneca já constatou há séculos “A amizade é uma grande virtude que é capaz de unir todas as outras virtudes”.
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Pollyana é escritora e consultora em gestão estratégica, impacto social e mobilização de recursos, atuando principalmente com investimento social privado. Trabalhou em diferentes organizações, incluindo ONU, Governo Federal e Sistema S. É doutoranda em Desenvolvimento, Cooperação Internacional e Sociedade pela Universidade de Brasília (UNB) e autora de livros e métodos neste campo de atuação.
Instagram: @pollydeandradeinside
Site: www.iandenegocios.com
Para acompanhar o quadro Sua história inspira:
https://youtube.com/@suahistoriainspira?si=RxAX7s0cHE43eVO6
Acesse aqui a pesquisa:
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