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No dia 3 de outubro de 2024, o WWF-Brasil promoveu o evento on-line: Juntos é Possível – Empresas unidas no combate à crise climática com o objetivo de engajar o setor privado a elevar suas estratégias de ESG (em português: ambiental, social e governança) para estarem em conformidade com o atual cenário das mudanças climáticas. Esse evento faz parte de uma série de encontros que buscam fortalecer a cooperação entre empresas e apresentar casos de sucesso na implementação de soluções climáticas, especialmente no Brasil.
Participaram do evento, Édison Carlos, presidente do Instituto Aegea, e Rubens Filho, gerente executivo de meio ambiente do Pacto Global da ONU – Rede Brasil. Édison falou sobre o papel da Aegea, empresa referência em saneamento no Brasil, em projetos para melhorar a disponibilidade e qualidade da água, enquanto Rubens trouxe a visão global do Pacto Global sobre a importância da ação coletiva. Ambos reforçaram a relevância das ações coordenadas, como a iniciativa nas Cabeceiras do Pantanal, uma parceria entre o WWF-Brasil e diversas empresas, incluindo a Aegea.
A Importância da colaboração corporativa
O evento foi conduzido por Daniela Teston, diretora de relações corporativas do WWF-Brasil. Ela destacou a importância da união do setor privado para ampliar o impacto das ações no combate às mudanças climáticas, ressaltando que este tema esteve em pauta durante a New York Climate Week, onde o WWF-Brasil, o Pacto Global e a Aegea discutiram a necessidade de colaboração para enfrentar a crise.
Um ponto central da discussão foi o cenário alarmante de incêndios no Brasil em 2024. Até 10 de setembro, a Amazônia já acumulava mais de 83 mil focos de incêndio, o maior número em 16 anos. No Pantanal, maior planície alagável do mundo, foram registrados quase 10.000 focos, um aumento de 2.200% em relação ao ano anterior. No Cerrado, houve quase 40 mil focos, o maior número desde 2012. Maria Eduarda Coelho, engenheira florestal e analista de conservação do WWF-Brasil, trouxe o contexto da crise hídrica e da necessidade de soluções integradas, como a restauração de áreas degradadas e o trabalho conjunto com comunidades locais.
Segundo Édison Carlos, “os problemas hoje são planetários e não é possível resolvê-los sozinhos. Por isso, existem reuniões internacionais como as COPs e a New York Climate Week, que abordam temas que não podem ser solucionados por apenas uma empresa ou um cidadão. Pensando nisso, a Aegea tem estimulado esse diálogo dentro do Pacto Global, buscando incentivar ações coletivas. Mas, ainda assim, precisamos de uma entidade que saiba entregar restauração com foco em água, com credibilidade, conhecimento técnico e científico e presença no território: aqui entra o WWF-Brasil. É esse o trabalho conjunto que temos feito nas Cabeceiras do Pantanal, região onde atuamos em diversos municípios entregando água tratada e coleta e tratamento de esgoto.”
Para Daniela “não é mais factível que ações pontuais de mitigação sejam as principais entregas das estratégias de sustentabilidade de grandes negócios. É preciso olhar para o cerne da empresa e entender qual a principal transformação que precisa ser realizada internamente ou dentro da cadeia de valor para gerar um impacto em potência máxima. Para as ações de mitigação, precisamos de projetos mais ambiciosos, que atuem paulatinamente em pontos que convirjam em melhorias ecossistêmicas para além da paisagem, como é o caso das Cabeceiras do Pantanal. E isso só é possível com muito investimento, consequentemente, com muitos parceiros engajados”.
O evento está disponível no LinkedIn do WWF-Brasil. Saiba como ser uma empresa parceira do WWF-Brasil entrando em contato conosco pelo e-mail empresas@wwf.org.br.
Fonte: WWF-Brasil
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