
Primeira edição do Black STEM selecionou cinco estudantes
O planejamento financeiro no Terceiro Setor se refere ao processo de gestão direcionado para que as entidades sem fins lucrativos disponham dos recursos necessários para saldar, em tempo hábil, os compromissos assumidos com terceiros, e se possível aumentar o seu patrimônio.
A boa gestão financeira das Organizações da
Sociedade Civil – OSCs não se limita a uma captação de recursos eficaz. Também é
necessário que existam informações tempestivas e confiáveis sobre a
disponibilidade dos recursos envolvidos para, por exemplo, o pagamento de
pessoal e encargos sociais decorrentes das relações de trabalho, para a
aquisição de equipamentos, materiais e móveis, para a realização das ações, e
principalmente para investimentos e composição de reservas e fundos que darão o
suporte necessário para a sustentabilidade organizacional.
Até mesmo os programas de capacitação da equipe (colaboradores
e voluntários), bem como a captação de recursos junto a doadores e
financiadores, podem vir a exigir algum investimento por parte a entidade.
Portanto, o atendimento a todas essas demandas
exigirá a existência de disponibilidade financeira, de forma imediata ou futura,
para a sua concretização.
Com base nesses pontos, podemos afirmar que o
planejamento financeiro envolve o processo de obtenção e aplicação de recursos
de forma eficiente, mas não somente visando determinado projeto, atividade ou
período. Deve ser pensado e formatado também vislumbrando o futuro da
instituição.
O recomendável é que esse planejamento seja dividido
em duas fases: de longo e de curto prazo.
O processo de planejamento financeiro tem início
com a elaboração de planos de longo prazo, também chamados de planos
estratégicos, que buscam alcançar períodos de 2 a 10 anos. A partir da sua
formulação é possível a orientação e a estruturação de planos relativos a
períodos menores, chamados de planejamentos de curto prazo.
Neste planejamento devem ser estabelecidos os
objetivos macros da entidade de acordo com sua missão, visão e valores, através
da definição do rumo que deverá seguir, bem como da avaliação prévia do
ambiente externo no qual ela irá operar, podendo assim traçar estratégias para
alcançar as finalidades propostas.
Este plano orienta o ordenamento das
alternativas e a priorização dos objetivos. Quando organizado e sistematizado
de forma adequada, também permite quantificar os benefícios financeiros de
pagamentos antecipados, a possibilidade de aplicações financeiras ou de
investimentos, os custos e necessidades de utilização de recursos próprios ou
de financiamentos de terceiros para a execução de projetos e atividades,
possibilitando que as metas traçadas venham a ser alcançadas.
Partindo dessas premissas é possível identificar
que a elaboração de um bom planejamento de longo prazo é indispensável, pois
ele é importante instrumento no processo de tomada de decisão de âmbito
estratégico para as diversas esferas da organização.
Os planos financeiros de curto prazo, também conhecidos
como operacionais, correspondem à implementação dos objetivos estratégicos que
foram previstos para a instituição no plano de longo prazo. Neles são
estipuladas as providências financeiras mais imediatas, e a previsão dos
impactos causados por essas ações.
Os planos de curto prazo correspondem à análise
das decisões que afetam diretamente os recursos disponíveis (caixa, contas
correntes, e aplicações financeiras de curto prazo) e também os valores a
receber e a pagar com efeitos sobre a organização dentro do prazo geralmente de
1 ano.
Portanto, as finanças de curto prazo fornecem os
melhores subsídios para análises técnicas quanto, por exemplo, ao nível de
caixa que deve ser mantido em espécie ou no banco para o pagamento das contas,
quanto de materiais ou de equipamentos será possível adquirir a vista ou a
prazo, ou ainda quanto de antecipação ou empréstimos pode ser concedido aos
projetos ou atividades com recursos em atraso.
O planejamento financeiro de curto prazo
propicia também o controle das operações cotidianas através de uma gestão mais
segura das contas a pagar e a receber. Para tanto, utiliza-se como uma das mais
importantes ferramentas de gestão financeira: o orçamento.
O planejamento orçamentário nas OSCs será abordado
em nosso próximo artigo.
Até mais!
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